"O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Intertextualidade ...

1ª imagem

2ª imagem



3º Texto
 O tempo - Mário Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


  


Análise
Iniciaremos pela primeira obra que serviu como base a outra imagem e ao poema. Neste quadro “Persistência da Memória”, temos como autor Salvador Dali – 1931, artista pertencente ao surrealismo, onde distorce a realidade através do abstrato. O pintor, através de sua obra nos faz refletir sobre como o tempo passa rápido, o rosto de olhos fechados nos remete justamente a isto. Citarei alguns pontos relevantes a essa interpretação, como: árvore seca (velhice), relógio com formigas e relógios derretendo (morte), relógios marcando horas diferentes (memória, lembranças distintas). Assim o artista trabalha com contrastes: rochas duras X relógios moles; luz X sombra; realidade X sonho; razão X absurdo. 
A segunda imagem trata-se de uma releitura da obra de Dali, onde temos como protagonistas os integrantes da família Simpsons, através desta releitura podemos analisar os personagens, provavelmente através da visão de Lisa Simpson, a intelectual, e possivelmente quem recriou esse cenário partindo de sua família, por isso a mesma permanece normal na pintura. Temos no canto esquerdo a personagem Marge Simpson ao lado de um relógio fechado, porém a diferença é que o mesmo está limpo, nos remetendo ao papel da mãe no lar. Na árvore seca encontramos dois personagens, Meggie Simpson, a caçula da família que está pendurada pela chupeta no galho; em outro galho vemos Bart Simpson, representado por um balão vazio assim como a irmã o vê. No centro encontramos Homer Simpson, o pai, rodeado de seus aperitivos preferidos: cerveja e rosquinha. Na rosquinha encontramos as formigas que na outra obra estava presente no relógio.
O terceiro texto consiste em um poema de Mário Quintana, que fala da brevidade do tempo e nos remete ao lema usado pelos poetas árcades “Carpe Diem”, aproveite a vida, pois o tempo voa.
A intertextualidade presente nos dois quadros e no poema é o tema, pois tanto a segunda imagem quanto o poema de Quintana partiram da obra de Dali, e os três nos lembram do “Carpe Diem”. Resumindo, o segundo quadro é uma releitura do primeiro e o poema de Quintana relata a brevidade do tempo, o que está implícito na obra de Dali.

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